Bem aventurados os que compreendem o meu estranho caminhar e as minhas mãos atrofiadas.
Bem aventurados os que sabem que os meus ouvidos têm que se esforçar para compreender o que dizem.
Bem aventurados os que compreendem que, ainda que os meus olhos brilhem, minha mente é lenta.
Bem aventurados os que olham e não vêem a comida que eu deixo cair fora do prato.
Bem aventurados os que, com um sorriso nos lábios, me estimulam a tentar mais uma vez.
Bem aventurados os que nunca lembram que hoje fiz a mesma pergunta duas vezes.
Bem aventurados os que compreendem como é difícil converter em palavras os meus pensamentos.
Bem aventurados os que me escutam, pois eu também tenho algo a dizer.
Bem aventurados os que sabem o que sente o meu coração, embora eu não consiga me expressar.
Bem aventurados os que me amam como sou tão somente como sou e não como eles gostariam que eu fosse.
Fonte:
Extraído da publicação “Informaciones para padres de niños y jovenes com necessidades especiales. Serrano, J. A. Marreno, E. Blas. G. C. de San – Mérida – Venezuela – 1989.
Fonte: Revista O Evangelista de Crianças. Ano 48, nº 189, Out. Nov. Dez., 2002. Publicação da APEC