A família
quando bem estruturada e com relações sadias, torna-se uma igreja doméstica e,
por assim dizer, o sinal do amor de Deus, um santuário de vida.
Ela é a base
de sustentação de toda a sociedade. A influência da família está em tudo e em todos. Ao começarmos a
freqüentar a escola, nós já sabemos se somos bons ou ruins, se o mundo é um
lugar seguro ou perigoso, se devemos confiar ou ter medo das pessoas, já
teremos construído defesas e estratégias de viver. Em outras palavras, nossos
pais e o ambiente de nosso lar vão definir nossa cosmovisão e a realidade que
vamos usar pelo resto de nossas vidas.
Deus colocou
seu olhar diretamente sobre a família, elegendo-a como a influência mais
importante da sociedade. Toda a Bíblia nos dá o senso de que para Deus a
família é sagrada e é o alicerce mais importante de tudo o que Ele criou. A
família é responsável pelo atributo mais precioso para Ele: o Amor! Não é a toa
que ela é tão atacada.
É
impressionante como a Bíblia dá instruções aos pais de como educar seus filhos
e como ela dá ênfase ao tempo que pais e filhos devem passar juntos. As
Escrituras reforçam a responsabilidade e a autoridade dos pais. É comum
ouvirmos reclamações sobre a falta de responsabilidade de nossas escolas, das
indústrias de entretenimento e da mídia de ensinar bons princípios às nossas
crianças, mas, essa responsabilidade Deus deu a nós pais e não a eles.
Deus diz:
- Para que
seus filhos andem seguros em um mundo inseguro, ensinem e sejam exemplo do que
eles precisam saber e entender. O pecado é real e estamos cercados pela
maldade, ensinem seus filhos a escolher o bem!
Será que podemos esperar que as crianças levem os bons
princípios a sério se não os virem na vida de seus próprios pais? Quando chegam
a idade escolar as crianças já sabem, pela maneira como seus pais vivem, se
honestidade, justiça, integridade,
coragem, perseverança e outros atributos de caráter são ou não importantes.
Claro que a escola, a catequese, os amigos e a cultura podem ter grande
influência, mas o lar é a influência principal e a mais importante.
Deve existir
estrutura e autoridade na família, mas a autoridade é fundamentada no amor.
Para que tenhamos autoridade sobre nossos filhos temos que amá-los. Quanto
menos fiel for nosso amor menos autoridade teremos. Na família não pode haver
dominação mas sim comunhão.
Nós todos
vivemos em família e o nosso primeiro testemunho é como vivemos em casa. Não podemos
realizar nada mais importante em nossas comunidades, no trabalho, no governo do
que aquilo que realizamos no microcosmo de nossos lares e famílias. Lá fora
iremos reproduzir quem somos e quem somos é revelado em nossos lares. Isso não
é uma armadilha é o Plano de Deus para nós. Em família podemos ver o que Deus
quer trabalhar em nossas vidas, em cada estágio dela: casamento, filhos
pequenos, filhos adolescentes, síndrome do ninho vazio, menopausa, velhice e
doença de nossos pais, mortes, desemprego, conquistas; tudo nos dá oportunidades de aprendizado e
crescimento, isso é vida e mais com Cristo é chamado de “vida em abundância”. A
família é uma aliança sagrada para nos tornar mais parecidos com Deus.
Se a família
é saudável, teremos uma sociedade saudável e portanto nações saudáveis.
A criança
incorpora os valores e as crenças que são demonstrados em suas casas, sejam
elas intencionalmente ensinada pelos pais ou não. A criança acredita na
realidade que os pais transmitem e irá copiá-las. Por exemplo não adianta ficar
culpando o governo por proibir a oração e o ensino religioso na escola, temos é
que ensinar em casa nossos filhos a rezarem e a crerem, não podemos delegar uma
tarefa tão importante aos outros.
Falamos muito
também sobre a secularização da sociedade, do Natal, do domingo e etc, e é
verdade muito de nossa cultura, incluindo até a cultura religiosa tem se
transformado em empreendimentos de negócios vazios em termos de verdadeiros
significados. Costumamos colocar a culpa disso nas pessoas que não têm fé, mas
a culpa não é deles, pois vivem num mundo secular, o Deus vivo não faz parte do
mundo deles. A culpa é das famílias cristãs que ao invés de rejeitarem a
secularização deixam Deus de fora da maior parte das suas vidas e não conseguem
ser luz fora dos ambientes religiosos. Quando nós cristãos deixamos Deus de
fora de várias áreas de nossas vidas, então, o sal perdeu todo seu sabor.
Quando nossa” luz no mundo” é fraca, certamente a escuridão predomina. Nós
somos o sal e a luz. Somos o problema e a solução. O Reino de Deus está em nós,
nossos filhos precisam sentir Jesus em nossas vidas. No Cristianismo nós somos
a mensagem. Religião não é um conjunto de idéias para serem discutidas sem
aplicação em nossas vidas. Seguir a Jesus é uma forma de vida.
O testemunho
de vida pessoal de Jesus, em Nazaré, por trinta anos foi a base da autoridade
dos seus três anos de ministério. Ele jamais chegou atrasado no trabalho,
tratou com todo respeito tanto os colegas da carpintaria como os clientes,
pagou sempre suas contas em dia, ao fabricar uma prateleira a fazia impecável,
durável e bonita apesar de simples, sempre importou-se com a qualidade e em ver
as pessoas como seres humanos, sempre cuidou de suas ferramentas e nunca
desperdiçou material, lavou a louça e varreu a casa muitas vezes, enfim
fundamentou o Reino de Deus no serviço. Sempre ressaltou o tipo de poder que as
pessoas deveriam ter “Entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário quem
quiser ser importante que sirva os outros, e quem quiser ser o primeiro que
seja escravo de todos”
Se conseguirmos servir à nossa família e ao nosso próximo
então teremos toda a autoridade necessária para realizar o Reino de Deus não só
em nossa casa mas também no mundo.
Relações
familiares saudáveis são pequenos sinais de céu já hoje experimentados. A família é uma aliança sagrada para nos
tornar mais parecidos com Deus, se crescemos nela levamos mais de Jesus a tudo
que fizermos.
(adaptação de textos do livro Modelo Social do Antigo
Testamento de Landa Cope)
publicado no perfil do facebook por Josane Manete Melhem em 25/07/2012
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