segunda-feira, 27 de junho de 2011

TRISTEZA

Fico triste por várias coisas.
Como por exemplo:
- lixo jogado nas calçadas, em terrenos, na rua;
- animais maltratados andando pelas ruas;
- pessoas lavando calçadas com água da torneira;
- pessoas que não sabem ser humildes;
- pessoas que não valorizam o cuidar dos seus filhos por outras pessoas;
- filhos que maltratam e abandonam seus pais;
- alunos que não respeitam seus profesoores;
- patrões que humilham seus colaboradores;
- pessoas passando fome e frio;
- pais que não protegem seus filhos;
- seres humanos roubando e matando seres humanos;
- crianças que sofrem por violência e abandono.
Onde está o amor ao próximo, o amor pelos animais e pela natureza? E a fé em Deus?

sexta-feira, 24 de junho de 2011

É TARDE

Ouço música em algum lugar.
E eu, sozinho.
A pensar.

Pensar na vida.
Nessa sublime dádiva
Que recebemos.
Pensar que por tão pouco
A perdemos.

Pensar na solidão
Que agora me acho entranhado.
Solidão que traz lembranças
Que lembram pecado.

Sozinho
Mas não trste.
Feliz porque a vida exista
Feliz proque estou acompanhado
Por alguém que aqui não é encontrado.

Não é encontrado em matéria física
Mas trazido em minha alma
incrustado em meu ser
Quem é?
Não posso dizer.

Tu me fazes falta quando faltas.
Tu me sufacas quando estás perto.
Mas sem estar contigo
Não fico desperto.

Fico alheio a tudo
Querendo te encontrar,
Querendo revirar o mundo
Para contigo estar.

Corro e choro.
Desespero-me sem você.
Imploro...
Vem de volta!
Não demora!.

Autor: Vilson Joner.
Publicado no Livro: Coletânea Literária 42 anos - Casa do poeta Rio-Grandense. Marinês Bonacina (org). Porto Alegre: Alcance, 2006.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A MORTE DO RESPONSÁVEL

Uma empresa encontrava-se numa situação muito difícil, as vendas iam mal. Os trabalhadores estavam desmotivados, os balanços há meses não saíam do vermelho. Era preciso fazer algo para sair do caos. Ninguém queria assumir nada. Pelo contrário, apenas reclamavam que as coisas andavam ruins e que não havia perspectivas de progresso na empresa. Todos achavam que alguém deveria tomar a iniciativa e mudar aquela situação. Um certo dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram um enorme cartaz, no qual estava escrito: “Faleceu ontem a pessoa que impedia seu crescimento na empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes”. A princípio todos se entristeceram com a morte de alguém. Mas logo em seguida ficaram curiosos para saber quem estava bloqueando seu crescimento na empresa. Na quadra de esportes, a agitação era tão grande que foi preciso chamar alguns seguranças para organizar a fila do velório, e conforme as pessoas se aproximavam do caixão a excitação aumentava: “ quem será que estava atrapalhando meu progresso? Ainda bem que o infeliz morreu”, pensavam os funcionários. Uma a uma, agitadas, as pessoas se aproximavam do caixão. Davam uma espiada e engoliam a seco. Ficando no mais absoluto silêncio como se estivessem sido atingidos profundamente. Pois bem, você já deve ter imaginado. No visor do caixão havia um espelho. Dessa história conclui-se o seguinte: só existe uma pessoa de limitar o seu crescimento. Você mesmo. Você é a única pessoa responsável pela revolução de sua vida. É dentro de seu coração que você encontrará energia para ser o artista de sua criação. O resto é desculpas. Seja verdadeiramente responsável.

Autor desconhecido

sábado, 11 de junho de 2011

VOCÊ É MUITO IMPORTANTE PARA MIM

Você é muito importante para mim.
Você corre, almoça, trabalha, canta, chora, ama.
Você sorri mas nunca me chama.
Você se entristece, mas depois se acalma, mas nunca me agradece.
Você caminha, sobe, desce escadas, e nunca se preocupa comigo.
Você tem tudo e não me dá nada.
Você sente amor, ódio, sente tudo, menos minha presença.
Você tem sentidos perfeitos, mas nunca os usa por mim.
Você estuda e não me entende, ganha e não me ajuda, canta e não me alegra.
Você é inteligente e não sabe nada de mim.
Você reclama dos meus tratos, mas não valoriza o que eu faço por você.
Se você está triste, me culpa por isso, mas se está alegre, não me deixa participar de sua felicidade.
Você conhece tanta gente importante, mas não conhece a mim, que o considera tão importante.
Você faz o que os outros ordenam, mas não faz o que eu lhe peço com humildade.
Se você não subiu na vida, descarrega sobre mim toda sua ira, mas se você é importante pisa nos menos favorecidos.
Você quebra tantos galhos, mas não tira um espinho de minha testa.
Você entende todas as transações do mundo, mas não entende minha mensagem.
Você reclama tanto da vida, mas não sabe que a minha vida é triste por sua causa.
Você baixa os olhos quando um superior lhe fala, mas não levanta esses mesmos olhos quando lhe falo de meu amor.
Você fala às pessoas e não sabe que conheço toda sua vida.
Você enfrenta muitos obstáculos na vida, é forte, mas que pena, embora não admita sei que você tem medo de mim.
Você defende seu time, seu ator, mas não me defende no meio de seus amigos.
Você corre com seu carro, mas nunca corre para meus braços.
Você não sente vergonha ao se despir perante alguém, mas sente vergonha ao tirar sua máscara diante de mim.
Você costuma "às vezes" falar do que eu fiz, mas nunca me deu a oportunidade de falar o que você fez.
Você é um corpo no mundo, e eu sou um mundo em seu corpo.
Eu sou alguém que todos os dias bate à sua porta e pergunta: Tem um lugar para mim na sua casa, na sua vida, no seu coração?
Eu estou presente nestas linhas que você por curiosidade, começou a ler.
Eu sou Jesus Cristo, quero simplesmente que Você me aceite como amigo, e me confesse como Salvador e Senhor.
Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
Romanos 10:9
Seleções Bíblicas Comentadas. Editora Paz.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

SE EU PUDESSE VIVER MINHA VIDA NOVAMENTE


Instantes

Se eu pudesse viver novamente a minha vida,
na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido;
na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico. Correria mais riscos,
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria amais lugares onde nunca fui,
teria mais problemas reais e menos imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu
sensata e produtivamente cada minuto da sua vida.
Claro que tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver,
trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida,
só de momentos;
não percam o agora.
Eu era um daqueles que nunca ia a parte alguma
sem um termômetro, uma bolsa de água quente,
um guarda-chuva e um pára-quedas;
se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera
e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua,
contemplaria mais amanheceres
e brincaria com mais crianças,
se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos
e sei que estou morrendo.

(Autoria discutível. Poema atribuído ora a Jorge Luis Borges, ora a Nadine Stair)

ALVES, Rubem. Se eu pudesse viver minha vida novamente. 11ª ed. Campinas, SP, Verus, 2004.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O QUE É EDUCAÇÃO E A IMPORTÂIA NA SOCIEDADE


Estamos vivendo um momento histórico de profundas mudanças políticas, sociais e educacionais. Dentro deste contexto pretende-se analisar o que é educação e qual a importância no processo de humanização. Para tanto, valeu-se de algumas obras que tratam do tema, textos discutidos em sala de aula, além de conhecimentos prévios decorrentes de outros estudos e leituras. Assim, espera-se como resultado um outro jeito de pensar a educação onde prevaleça a formação do ser humano dentro da ética.

Dessa forma, é interessante lembrar que a educação está em todos os lugares e faz parte da vida de todos os seres humanos. Desde os povos primitivos onde a sabedoria era transferida na convivência entre as pessoas pelos atos de quem sabe e faz para quem não sabe e aprende. Não havia momentos especialmente reservados para o ato de ensinar, como atualmente, mas a criança vê, entende, imita e aprende a sabedoria que existe no próprio gesto de fazer a coisa. Todas as relações entre crianças e natureza, guiados de mais longe ou mais perto pela presença de adultos conhecedores são situações de aprendizagem. Na espécie humana a educação não continua apenas o trabalho da vida, mas se instala dentro de um domínio de trocas, de interações, de padrões de cultura e de relações. “A educação é, com outras, uma fração do modo de vida dos grupos sociais que a criam e recriam, entre tantas outras invenções de sua cultura, em sua sociedade.” Ela aparece sempre que há relações entre pessoas e intenções de ensinar e aprender sem a necessidade de um espaço especificamente para tal, como as escolas o são. (BRANDÃO, 1995, p. 10)

Para efeito, o autor destaca o excerto de uma carta escrita por uma tribo indígena em resposta ao convite de enviar índios para estudar nas escolas americanas, que diz muito sobre o que é a nossa educação.

[...] Nós estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem para nós e agradecemos de todo o coração.

Mas aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que vossa idéia de educação não é a mesma que a nossa.

[...] Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ciência. Mas, quando eles voltavam para nós, eles eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportarem o frio e a fome. Não sabiam caçar o veado, matar o inimigo e construir uma cabana, e falavam a nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inúteis. Não serviam como guerreiros, como caçadores ou como conselheiros.

Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não possamos aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão oferecemos aos nobres senhores de Virgínia que nos enviem alguns dos seus jovens, que lhes ensinaremos tudo o que sabemos e faremos, deles, homens. (BRANDÃO, 1995, p. 8-9).

Neste sentido, a questão da formação do ser humano, principalmente em relação aos valores éticos e morais vem sendo substituída por uma formação tecnicista, voltada à demanda do mercado capitalista da pós-modernidade. Dito de outra forma, a educação visa uma formação de sujeitos competitivos capazes de trabalhar para o fortalecimento deste modelo monopolizador, onde vale qualquer coisa para se obter o lucro. Como também, muda seu significado conforme a diversidade existente na sociedade, ou seja, ela muda de acordo com as variações da época, da clientela, da cultura, da política, da economia.

Diante disso, é mister destacar que a educação, por não ser um pilar isolado, sofre influências de todos os lados, tanto positivas quanto negativas, assim como todos os setores que fazem parte da organização de uma sociedade, inclusive de outros países. Assim sendo, a educação está além dos muros da escola, faz parte da cultura desde os povos primitivos, onde não havia a preocupação da obrigatoriedade de ensinar. De fato, na atual conjuntura social não se pode negar a importância da educação na organização e desenvolvimento de um país.

No Brasil, a educação, mesmo sendo um dos direitos básicos para a vida digna, ainda não atende completamente e satisfatoriamente as necessidades da demanda populacional, haja vista, que é necessário muito mais do que colocar simplesmente os alunos na escola para preencher índices regidos por organismos internacionais. De fato, ao longo da história, percebe-se muitos avanços, principalmente nos últimos anos quando iniciaram as discussões sobre educação para todos.

Sob este prisma, um dos marcos é a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, na qual a educação passa a ser um direito a toda e qualquer pessoa, independente de suas condições. Esse direito foi reafirmado na Conferencia Mundial sobre Educação para todos em 1990. A partir daí a educação muda consideravelmente com o início de um novo enfoque para a educação nacional: a educação inclusiva (BRASIL, 2004).

Em nível nacional, a Constituição Brasileira de 1988, destaca no Artigo 205: “A educação, direito de todos, dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Com efeito, a educação vem sendo amplamente discutida e ganha espaço nas políticas públicas para garantir o acesso de todos. Entretanto, existe uma dicotomia entre a intenção e a realidade, uma vez que ao analisar as leis e diretrizes nacionais da educação, verifica-se uma educação que visa à formação de cidadãos críticos e reflexivos capazes de agir e transformar a sua realidade, mas que na prática ainda persiste uma educação preocupada com o currículo escolar e não com a formação e o desenvolvimento da pessoa como prevê a Constituição.

A educação ganha força no país e vem sendo cada vez mais questionada em todos os setores da sociedade. Dessa forma foram sistematizadas políticas específicas para a área como as Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1961, 1971 e 1996, como forma de afirmar e garantir a educação como direito necessário para o desenvolvimento do ser humano. Especificamente a Lei nº 9.394, a qual destaca a educação inclusiva, o que não ocorreu nas anteriores. Diga-se, um grande avanço em termos educacionais em nosso país.

Assim, a educação vem tentando superar antigas concepções para atender às demandas impostas pela sociedade capitalista. Como é sabido, através das leis e políticas públicas o Brasil tem um sistema educacional organizado e estruturado, com erros e acertos, mas que tenta garantir o acesso de todos. Porém, na realidade brasileira, visto tamanhas injustiças e desigualdades sociais, fica um tanto difícil proporcionar uma educação com qualidade e que atenda as reais necessidades da população. Bom exemplo disso é a educação inclusiva, amplamente divulgada pelo Ministério da Educação, para garantir o direito de todos à educação. Entretanto, como já dito anteriormente, não basta à presença física do aluno na sala de aula, necessário se faz formar e capacitar, antes de tudo, profissionais qualificados para trabalhar com alunos com necessidades educacionais especiais.

Frente ao exposto, importa ressaltar que a educação é peça fundamental para promover o desenvolvimento humano uma vez que este é um ser de relações sem as quais não há mudanças. As pessoas são seres capazes de pensar e transformar a sociedade através da educação. Os sentidos podem variar tanto para o bem quanto para o mal. Para concluir cabe destacar a seguinte citação:

Sou sobrevivente de um campo de concentração.

Meus olhos viram o que nenhum homem deveria ver:

Câmaras de gás construídas por engenheiros FORMADOS;

Crianças envenenadas por médicos DIPLOMADOS.

Recém-nascidos mortos por enfermeiras TREINADAS.

Mulheres e bebês fuzilados e queimados por graduados em COLÉGIOS e UNIVERSIDADES.

Assim, tenho minhas dúvidas a respeito da Educação.

Meu pedido é este: ajudem seus alunos a tornarem-se humanos.

Seus esforços nunca deverão produzir monstros treinados.

Aprender a ler, a escrever, aprender aritmética só são importantes quando servem para fazer nossos jovens mais humanos.(Dr. HAIN GINOTT, 1973, apud. WERNECK, 2005, p. 87)

Contudo, vale ressaltar que para além das leis vigentes, nós educadores e educadoras, devemos ter consciência que ela não se faz por si só. Somos todos co-responsáveis por esse processo, portanto co-partícipes tanto no sucesso quanto no fracasso da educação.

REFERÊNCIAS

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. 33 ed. São Paulo: Brasiliense, 1995.

BRASIL. Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade / Coordenação Geral SEESP/MEC; v. 1. Organização Maria Salete Fábio Aranha. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2004.

BRASIL. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição: Republica Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal. Centro Gráfico, 1988.

BRASIL. Lei nº 5.692 de 11 de agosto de 1971. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 de dezembro de 1961.

BRASIL. Lei nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 de agosto de 1971.

WERNECK, Hamilton. Se você finge que ensino, eu finjo que aprendo. 23 ed. Petrópolis,RJ: Vozes, 2005.